quarta-feira, 14 de outubro de 2009

about distance

de todo o amor que você diz me dar
guardo somente aquele que me faz
lembrar
que o Sol no nordeste se põe mais cedo
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

7 estados acima

Se sentisse a intensidade de mundo que vive aqui dentro, o ir sem pensar em voltar não seria tão desmedido. Uma mulher sustentando por duas vidas o peso e as sobras de um amor-cumplicidade, colorindo de branco-constelação e rosa-esperança o (seu) caminho de volta pra casa. A espera é uma espécie de suicídio quando o que está dentro parece não caber fora, no espaço-tempo agonizante – quando o seu ir é sinônimo do meu ficar. E só você entende o casulo em que nos fechamos por desgosto do que não é nossa paz, nossa busca-vida-simples, nossa eterna inocência em acreditar no amor primitivo. Na nossa coragem necessária de buscar. E continuar a viver simplesmente.

Enquanto uma promessa não feita e nem desfeita sustenta todo o sonho-sol-mar-azul de te encontrar antes que o tempo se dissolva.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O querer

o querer ou a sutil vontade do querer, que se confunde nos projetos de desejo. cada centímetro inexplorado do seu corpo, que tanto meu foi. tão vazio de mim cheio de si. e eu cheia de mim, procurando por entre as possibilidades do viver, acertar aquela intensidade prometida, como promessa desfeita, com prazo de validade. aquela intensidade suspensa no ar, seguindo a vontade do vento, que ninguém sabe onde nasce e para onde vai. o querer ou a sutil vontade do querer estar. que não está, no entanto. que não é, no entanto. que apenas respira em um profundo sono de aconchego. Toda um emaranhado de sentimentos desencontrados e desprogramados – que tentei explicar. E é para explicar?, você disse. e eu respondi que não, mas aquela nossa intensidade perdura vazia no tempo e no espaço.

sexta-feira, 17 de abril de 2009