quarta-feira, 18 de setembro de 2019

girassol

Acho que foi quando falamos sobre o sofrer e o criar. Muita dor havia passado, daquelas dores de morrer e matar mas de gerar paisagens e letras duras e belas. E a gente acreditava que era preciso sangrar para o mundo sentir que existíamos. E foi aí que eu senti que você passou a existir no meu mundo de montanha russa e eu fui aos poucos e com desconfiança existindo no seu universo de girassol que não cessa de girar. Não foi simples e perfeito assim, a garotinha da praia sempre muito atenta e já farta de levar talhos no coração andava descrente e assustada. E aquele cara hoje doce e que agora sorria um sorriso tímido e curioso, já havia deixado a garotinha assustada no passado. Era uma casca dura de quebrar. Mas a cada olhar atento e brilhante, a cada gesto de flor, a cada abraço de insegurança mas profundo no entanto, uma armadura que vivia dura aqui dentro pôde ser colocada de lado. Ela nem imaginava que esse encontro do acaso poderia ter tanta verdade contida nele. Mas a cada dia busco aprender a criar na alegria cor de sol que você me traz.

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